Com extrema e sutil argúcia
Sem que sequer suspeitasse de meu ardil
Dei um porre na angústia!
Sentara-se ao meu lado - impertinente
E abraçara-me apertado
Fingindo-se aliada
Deste ébrio abandonado
Tocava-me com o gelo de suas mãos hábeis
Com a destra, acariciava-me o dorso da mão vazia
Com a sinistra, esmagava-me o coração implacavelmente
Nisso, ofereci-lhe o copo, quase cheio
Derramando-se de dor e embriaguez
- Aceita! Far-te-á sentir melhor
Entornou-o de um só gole
Sugeriu-me um brinde.
Outro copo. Outro. Outro. Outro...
Por fim, mão frouxas e vadias
Irrigadas de álcool e sangue quente
Dei um porre na angústia!
E adormeci sozinho
Impassível e aliviado.
a poesia constrangida de um poeta menor
4 de ago. de 2007
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