a poesia constrangida de um poeta menor

24 de out. de 2007

PALÁCIO SEM RAINHA

No ventre da forma mais sublime, o conteúdo perece
Insurge-se, indócil, mas padece
Posto que em inabitável guarida

A forma domina a essência
Erijece-a, artificializa-a
E predomina
E o conteúdo esvazia-se
Sem viço para tocar-nos a alma carente
Ávida de poesia
Tampouco forças para romper a métrica masmorra
Rígida, fria e vazia

O majestoso palácio está órfão de sua rainha.

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