a poesia constrangida de um poeta menor

1 de jan. de 2010

AS RAZÕES DA EMOÇÃO

Na contramão da razão
Repreendeu-me a emoção:

Não!

Não sou cérebro, sou coração
Não sou para algo, sou em vão
Não sou bom-senso nem ponderação
Respeita a minha condição!

Sou heresia, não oração
Sou poesia, não equação
Sou boemia, não profissão
Não sou o dia, sou inspiração
Não sou saber, sou intuição
Sou desatino
Ora, sou emoção!

Constrangido, disse-lhe eu: tens razão.

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