a poesia constrangida de um poeta menor

26 de jul. de 2012

BRIGAS


Um tapa de silêncio
Uma lufada de indiferença
Um golpe de descaso
Um sulco da tua unha
Na minha pele. Uma fenda
Profunda
Outro tapa: agressão
Na carne e na alma
Disparates disparados
A esmo
Muitos pegam, poucos não

A cólera é já outra
O estrago inda é o mesmo
Gritos, gritos, gritos
E eu aflito, aflito
Silencio: desprezo?
Não, desespero
E medo. Muito medo!
Medo sombra, companheiro

Cala a boca!
Dedo em riste: chega!
Um raivoso, outro triste...
Um pranto úmido e sonoro
O outro mudo e represado
Não dá mais! Aparta!
E o amor? Aquele amor?
Aquele que se foi
Tão forte quanto veio?
Como ficam a flor, a cor, o olor?
Me perdoa. Eu te amo
Eu te odeio.

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