Sinto cheiro de gente
Sempre que vou aos pés
O que eu julgo que sou?
O que tu julgas que és?
Fezes!
Dejeto dos deuses, somente
Tudo aquilo que lhes é mais impuro
Expelido sob a trágica forma humana
A mais repulsiva de todas as formas
Somos apenas excremento dos deuses
Embora arroguemo-nos condição maior
A de supradivinos, além-deuses
E o cheiro fétido de gente
Sempre que vou aos pés
É o próprio perfume da humanidade
E sua patética supradivindade suposta
Revelada num melancólico e mal-cheiroso auto-retrato.
a poesia constrangida de um poeta menor
1 de nov. de 2007
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Um comentário:
Rapaz,
parabéns pela sua poesia, pelo seu blog.
Poesia diferente mesmo que igual nessa ansia de dizer, nessa disciplina que é escrever.
Encontrei seu blog navegando
e achei legal dizer um "oi".
Gostei de "Somos deuses de nós mesmo", "bálsamo poema", etc.
Voltarei outras vezes.
Esse amor-não-sei-que-tipo pela literatura estabelece etre nós um parentesco por outro sangue, o das palavras.
Dauri Batisti
www.essapalavra.blospot.com
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