a poesia constrangida de um poeta menor

16 de dez. de 2007

RABISCO

Não o li de pronto
Tampouco o folheei compulsivamente
Como muito já o fizera em outras ocasiões
Apenas o pus cuidadosamente na estante
Bem ao alcance de minha vigília
Sentei-me e o fiquei observando respeitosamente
E, intrigado, questionei-me:
Serei digno do desfrute de tão grandiosa obra
Ou, tão-somente, merecedor de tê-la precisamente assim, na estante
Feito bibelô a adornar minha sala e impressionar visitas?
Melhor seria se a tivesse escrito...
E, envergonhado, pus-me a rabiscar este poema.

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