Odeio o mundo de adorá-lo, quase
Odeio-o de venerá-lo ao avesso
É-me gratuitamente hostil
É-me injusto, iníquo
E sufoca-me, aprisiona-me
Por certo, sou-lhe indigesto, também
Contudo, sou-lhe hóspede por tempo indeterminado - e isso deve aborrecê-lo
Sou inconveniente hóspede de um mundo inóspito
Por fim, descubro-me hóspede de mim mesmo
Meu mundo sou eu, tão-somente
Posto que, sem mim, para mim, não há mundo
Odeio-me a mim mesmo, no fundo
Odeio-me de adorar-me, quase.
a poesia constrangida de um poeta menor
15 de set. de 2008
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Um comentário:
Teu texto está cada vez melhor. Me manda um mail; Perdi tudo...
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